Segundo pesquisas, cerca de 70% dos brasileiros têm como prioridade realizar o sonho da casa própria. Entretanto, é fato que os valores são de casas e apartamentos são considerados relativamente altos, sendo que além de contar com a ajuda de uma imobiliária em Itajaí ou outra cidade do qual vá residir para encontrar uma opção adequada à sua realidade, também é importante ter um bom planejamento financeiro.
Além disso, há um bom tempo, existe uma alternativa que possibilitou que muitas pessoas adquirissem um imóvel: o financiamento. Por meio dele, é possível dar um valor de entrada para o banco e parcelar o restante com acréscimo de juros. Contudo, as coisas não são tão simples, pois existem diversos detalhes que são importantes, além de ser necessário conhecer mais sobre o assunto.
Portanto, para começar a te ajudar, preparamos o post de hoje para falar sobre os tipos de financiamento existentes. Vamos lá?
SFH (Sistema Financeiro de Habitação)
Esse é um programa regulamentado pelo Governo Federal, em que é possível financiar até 80% do valor total do imóvel, que não pode ser mais de R$ 1,5 milhão. Por meio desse financiamento, é possível financiar desde a compra do imóvel, até sua reforma ou construção. Além disso, a regra é que o valor mental das parcelas não ultrapasse mais do que 30% da renda bruta do contratante, que deve ser, obrigatoriamente, pessoa física.
SFI (Sistema Financeiro Imobiliário)
Já o SFI, também foi criado pelo Governo Federal, mas permite uma negociação mais livre e flexível entre cliente e banco. Aqui, não é exigido um valor máximo de avaliação do imóvel ou limite de renda comprometida. Contudo, os juros, consequentemente, são maiores e mais voláteis, variando entre 12% e 16% ao ano. O valor concedido para parcelamento pode chegar até 90% do preço total da propriedade, com prazo máximo de quitação de 35 anos. Além disso, tanto pessoas físicas, como jurídicas podem utilizar essa opção.
Minha Casa Verde Amarela
Esse tipo de financiamento é voltado para famílias com renda bruta entre R$ 2 mil e R$ 7 mil, que veio para substituir o antigo Minha Casa Minha Vida, mas com as mesmas finalidades, apenas com algumas atualizações. Ele pode ser usado tanto para compra como para construção ou reforma de moradias já existentes. A concessão varia entre R$ 135 mil a R$ 264 mil, sendo definida de acordo com o número de habitantes do município em que o imóvel está localizado.
Price
O sistema Price é um tipo de financiamento em que as prestações são fixas, enquanto os juros são decrescentes e as amortizações crescentes. Entretanto, é importante deixar claro que, como no Brasil a inflação é alta, esse sistema utiliza a chamada Taxa Referencial para reajustas as prestações e saldo devedor. Portanto, aqui, as prestações podem variar de acordo com a inflação do país.
SAC (Sistema de Amortização Constante)
Já nessa outra alternativa existe uma variação de juros e, portanto, as prestações diminuem ao longo do financiamento. Isso acontece porque o valor da amortização se mantém igual ao longo de todo o contrato, alterando apenas o valor mensal dos juros, que descresse até o fim da dívida. Portanto, as prestações são maiores no início, mas com o tempo vão diminuindo, até que no final o comprador esteja pagando um valor muito menor.
Sacre (Sistema de Amortização Crescente)
Esse sistema é considerado uma mistura entre os sistemas Price e SAC. Isso porque, durante um tempo, as prestações aumentam, mas depois de um período determinando, começam a diminuir. Sendo assim, esse modelo é ideal para pessoas que deseja ter parcelas de financiamento estáveis e, assim, pagar menos juros. Por mais que tenham valores mais altos nas primeiras prestações, o sistema garante uma economia significativa quando avaliado no longo prazo.
Entretanto, por mais que seja um dos tipos de financiamento mais vantajosos, atualmente somente a Caixa Econômica utiliza essa opção.
Financiamento direto com a construtora
Por fim, algumas construtoras também permitem que o comprador realize o financiamento diretamente com elas. Aqui, o cliente paga o valor diretamente à incorporadora, sem a necessidade de ter um banco para intermediar a negociação. Geralmente, os financiamentos são corrigidos pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), durante o período da obra, e pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ou pelo PGPM (Índice Geral de Preços do Mercado).
Vale lembrar ainda que, além da correção monetária, também são cobrados juros pelo financiamento direto, com percentual médio de 12% ao ano, calculado pelo sistema Price de amortização.
Então, agora que você sabe quais são os tipos de financiamento imobiliário, é hora de escolher qual deles mais se adequa à sua realidade e perfil. Lembre-se de fazer um estudo completo, considerando sua situação financeira, valor do imóvel, entrada, quantidade de parcelas, etc. Assim, terá muito mais facilidade para escolher o ideal.